Mercedes-Benz CLS Shooting Brake

Mercedes-Benz CLS 500 Shooting BrakeEste lançamento prova que um dos caminhos do sucesso na indústria automotiva dos últimos tempos não se trata de competir com modelos já existentes, mas sim criar uma oportunidade nova. Os alemães já haviam ousado com o CLS em 2004, com um misto de sedã e cupê de luxo que apressou todas as rivais para ter seu similar. Agora, quem chega na Europa é a versão perua da linha, cujo primeiro carro-conceito surgiu na mesma época que a atual geração do cupê chegava às revendas.

Os saudosistas já puderam comemorar a volta do conceito shooting brake nos lançamentos mais recentes há alguns meses, com a ainda mais revolucionária Ferrari FF. A interpretação da CLS, porém, não só é diferente por sua marca como por sua integração na linha. Afinal, enquanto a Ferrari é uma estranha entre suas irmãs superesportivas, agora a CLS vira a linha inovadora dos alemães. Os fãs de sedãs se beneficiarão também da acentuada esportividade vinda das linhas de cupê mas sem deixar de lado o jeitão de limusine, e agora os que precisam de espaço maior também se veem atendidos por essa nova linguagem de estilo. Porque enquanto uma station wagon usa desenho mais retilíneo e com leve vocação utilitária, apelar para o lado shooting brake se traduz nessas linhas muito mais fluidas. Ela não se preocupa em esconder o grande comprimento, e sim em fazê-lo parecer muito elegante, com esse ar de novidade que hoje em dia toda marca deseja. Seu lançamento está previsto para o Salão de Paris, e dois meses depois começam as vendas na Europa. Ela tem tudo para repetir o sucesso do irmão mais velho.

Mercedes-Benz CLS 500 Shooting BrakeO parentesco entre os dois conseguiu esta intensidade porque eles são quase o mesmo modelo até as portas traseiras; a diferença mais importante é que bastou terminar a curva do teto mais alta para formar a nova traseira, mas mesmo nesta parte ela continua aludindo ao sedã: as lanternas são as mesmas. A cabine também começa igual, e honrando o nível de equipamentos e acabamento dos Mercedes-Benz. Mas sua parte de trás faz o charme com a possibilidade de o cliente escolher o revestimento do porta-malas, como a opção por madeira e com trilhos de alumínio no assoalho. Apesar de a tampa do porta-malas ser pequena e alta, o fabricante informa que seu porta-malas varia entre 590 e 1550 litros, de acordo com a posição dos bancos. Este artigo se fez já depois da chegada da versão AMG, então agora ela traz cinco opções de motor, sendo duas a diesel. Estas são CLS 250 CDI, com um 2.1 de 204 cv e CLS 350 CDI, com um 3.0 V6 de 265 cv. Com gasolina, suas versões comuns são CLS 350 e seu 3.5 V6 de 306 cv, CLS 500 e seu 4.6 V8 de 408 cv. As três últimas opções permitem o carro fazer 0 a 100 km/h em 6s6, 6s7 e 5s3, na ordem.

Dias depois de sua apresentação oficial, ela voltou a roubar a cena com o anúncio da tão esperada versão AMG. Seu exterior segue a tradição da preparadora e não mostra diferenças gritantes em relação ao modelo convencional – as rodas são especiais e os parachoques ficaram mais agressivos e aerodinâmicos. Além do interior diferenciado, com pacote de equipamentos ainda mais completo e materiais em preto e prata para ressaltar a esportividade no ambiente, ela se destaca pelo V8 5.5 biturbo de excelentes 525 cv e torque de 71,1 kgfm, que lhe permite aceleração em 4s4. Porém, a Mercedes aproveita a ocasião do lançamento para oferecer a série limitada Edition 1 para esta versão, em que o mesmo motor chega a 557 cv e 81,3 kgfm, respectivamente, e baixando a marca para 4s3, sempre com velocidade máxima limitada em 250 km/h. O câmbio das duas é o AMG Speedshift MCT de dupla embreagem e sete marchas.


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